domingo, 9 de julho de 2017

PORTALEGRE: GRANDE NOITE DE TOUREIO A CAVALO À PORTUGUESA. GRANDE NOITE DE DUARTE PINTO

Portalegre, 9 de Julho 2017
Por: Catarina Bexiga

Hoje (finalmente!) posso escrevê-lo: grande noite de Toureio a Cavalo à Portuguesa. A praça de toiros de Portalegre voltou a ter vida, ontem, após dois anos de portas fechadas. Nos tempos que correm, ter verdadeiros motivos para rejubilar e para enaltecer é quase uma raridade. Mas acertei no dia!
Duarte Pinto assinou (porventura) a noite mais redonda da sua carreira. Os toiros do Eng. Jorge de Carvalho saíram dispares de apresentação, mais colaborador o lote de Miguel Moura, e complicados e exigentes os de António Telles e Duarte Pinto. A pedir cavaleiros que os saibam tourear! Porque cada toiro tem a sua lide. E triunfar assim, ainda tem mais mérito!

Duarte construir duas actuações baseadas no conhecimento. Entendeu os problemas dos adversários e teve argumentos para os explorar. Tranquilo. Confiante. Ambicioso. Com perfeita noção do que é o toureio a cavalo, andou em plano de exímio lidador toda a noite. Pela forma como preparou as sortes, pelos terrenos que pisou e as distâncias que escolheu… Tudo com critério e sentido. De saída, montou o “Barão” (1.º) e o “Espectáculo” (2.º) e com eles marcou pontos; depois com o “Cesário” no seu primeiro, cravou cinco curtos extraordinários, e com o “Visconde” no seu segundo voltou a empolgar. Uma grande noite de Duarte Pinto!

Quem também acompanhou o meu entusiasmo foi António Ribeiro Telles. Sobrado e Toureiro, apoderou-se do seu primeiro na fase mais complicada. Depois com o “Veneno”, alegrou os cites, e cravou cinco curtos muito idênticos no resultado. Para dar resposta ao seu segundo António também preciso de “puxar pelos galões”. Com decisão, foi à cara do toiro, e montado no “Favorito” voltou a alegrar quem teve a capacidade para perceber que em Portalegre vimos Tourear a Cavalo à Portuguesa!

Beneficiado no sorteio, Miguel Moura conserva a disposição que o caracteriza, todavia o seu toureio tem dinamismo, mas falta de consistência. Um curto no seu primeiro é o que guardamos da sua presença.

Houve competição entre dois grupos alentejanos. Pelos Amadores de Montemor -o-Novo pegaram Vasco Ponce, Vasco Carolino e António Calça Pina, todos à primeira tentativa. Pelo grupo de Portalegre concretizaram Nelson Batista à terceira, Ricardo Almeida à primeira e João Fragoso também à primeira. No fim, o troféu “Pedro Bela Corça” para o melhor grupo recaiu nos Amadores de Montemor-o-Novo e o troféu “Francisco Matias” no forcado João Fragoso do grupo de Portalegre.  

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